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Cremação em BH: processo, custos e decisões em momentos difíceis

Columbário da Metropax - Um espaço acolhedor, pensado para honrar memórias.

A crescente aceitação da cremação como alternativa ao enterro tradicional tem transformado o cenário funerário de Belo Horizonte. Dados do Registro Civil mostram que a prática saltou de 8% para 23% das despedidas na capital mineira em apenas uma década, refletindo mudanças culturais, religiosas e socioeconômicas significativas. 

Este aumento representa muito mais que uma simples estatística. Por trás dos números estão famílias enfrentando decisões complexas em momentos de extrema vulnerabilidade emocional, muitas vezes lidando com conflitos entre tradições familiares e vontades pessoais. A cremação deixou de ser tabu para se tornar uma opção viável e cada vez mais procurada pelos belo-horizontinos. 

O fenômeno não se restringe apenas às classes mais altas ou aos menos religiosos, como se acreditava anteriormente. A prática ganhou adeptos em diferentes faixas etárias e grupos sociais, impulsionada por fatores que vão desde questões práticas de espaço urbano até mudanças nas interpretações religiosas sobre o destino dos corpos após a morte.

Processo detalhado passo a passo 

A decisão pela cremação é apenas o início de um processo que envolve diversos procedimentos específicos. Primeiro, é importante que a pessoa tenha deixado documentada sua vontade sobre a cremação. Em caso da família não ter esse registro formal, um parente de primeiro grau poderá pode autorizar oficialmente.

Com a documentação adequada, inicia-se a parte técnica. O corpo deve aguardar no mínimo 24 horas antes da cremação, conforme determina a legislação. Posteriormente, segue para o crematório, onde permanece entre duas a quatro horas em temperatura de cerca de 850 graus Celsius. 

“Muitas pessoas imaginam que seja um processo instantâneo”, esclarece Izabel Pereirinha, Gerente de Operações da Metropax. “Na realidade, é um procedimento lento e respeitoso. Contrariamente ao que alguns temem”.” 

As cinzas resultantes, que pesam entre dois e quatro quilos, são acondicionadas em urna apropriada e entregues à família. A partir desse momento, cabe aos familiares decidirem o destino: manter em casa, espalhar em local permitido ou guardar em columbário. 

Metropax: presente nos momentos em que o cuidado faz toda a diferença
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Infraestrutura disponível em BH 

Belo Horizonte conta com quatro crematórios em funcionamento. Juntos, realizam aproximadamente 15 cremações diárias na capital. 

O procedimento é padronizado, mas cada estabelecimento possui particularidades específicas. Alguns permitem acompanhamento familiar até o ato da cremação, outros não autorizam. Determinados locais oferecem cerimônias mais elaboradas, enquanto outros mantêm simplicidade. 

“Depende muito do perfil e das necessidades de cada família”, observa Izabel. “Algumas preferem despedidas mais íntimas, apenas com pessoas próximas. Outras optam por cerimônias maiores, semelhantes aos enterros tradicionais.”

Quando há divergências entre parentes 

A falta de consenso familiar representa um dos obstáculos no processo de cremação. Situações em que o falecido expressou desejo de ser cremado, mas parentes se opõem veementemente, são mais frequentes do que se imagina. 

Segundo especialistas em direito de família, aproximadamente 30% das cremações em BH enfrentam algum tipo de resistência familiar.

A recomendação unânime é documentar formalmente a decisão. Pode ser através de testamento, declaração simples ou até registro em vídeo. O fundamental é eliminar qualquer ambiguidade sobre a vontade da pessoa.

Comparação de investimentos 

Embora seja constrangedor discutir questões financeiras em momentos de luto, a realidade econômica frequentemente influencia decisões familiares. A diferença de custos entre cremação e enterro tradicional pode ser determinante, especialmente para famílias de menor renda. 

Uma cremação em BH apresenta valores significativamente menores comparados ao enterro com jazigo perpétuo. Esta diferença substancial tem levado muitas famílias a reconsiderar suas opções, não apenas por questões econômicas, mas também por praticidade. 

Metropax: presente nos momentos em que o cuidado faz toda a diferença
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Modalidades de pagamento e planejamento 

O mercado desenvolveu alternativas específicas para tornar os serviços mais acessíveis. Planos de assistência que incluem cremação permite pagamento parcelado antecipado, aliviando o impacto financeiro no momento do luto. 

Mensalidades acessíveis garantem cobertura completa quando necessário, representando uma forma de planejamento familiar que tem ganhado aceitação crescente. Metropax oferece planos de assistência familiar de acordo com a necessidade de cada família, incluindo a opção de cremação. 

Custos adicionais frequentemente ignorados 

O investimento na cremação pode parecer simples inicialmente, mas inclui diversos itens que muitas famílias desconhecem. Taxas do crematório, transporte especializado, urna funerária e documentação específica compõem o valor final. 

É fundamental solicitar orçamento detalhado e por escrito, especificando todos os itens incluídos no serviço.

Documentação obrigatória 

A cremação exige documentação mais rigorosa comparada ao enterro convencional. Além da certidão de óbito padrão, é necessária autorização específica para cremação, que deve ser validada por médico legista. 

“O processo demora aproximadamente dois dias a mais que um enterro tradicional”, explica. “É preciso confirmar que não houve morte suspeita, verificar concordância familiar e cumprir outros requisitos legais.” 

Em casos de morte violenta ou suspeita, a cremação só pode ser autorizada pela Polícia Civil após investigação completa. Algumas famílias já enfrentaram esperas prolongadas para obter a liberação necessária. 

Destinação das cinzas 

Uma das questões mais frequentes envolve o destino apropriado das cinzas após a cremação. Legalmente, elas pertencem à família, que pode dispor conforme desejar, respeitando algumas restrições específicas. 

Espalhar cinzas em locais públicos é expressamente proibido em Belo Horizonte. Rios, parques e praças estão vedados por lei. A prefeitura criou espaço específico no Cemitério da Saudade para quem deseja realizar esse procedimento legalmente. 

“Muitas pessoas desconhecem, mas espalhar cinzas em rios pode resultar em multa”, alerta o fiscal municipal. “A legislação visa proteger o meio ambiente e evitar problemas sanitários.” 

As opções legais incluem: manter as cinzas em residência, depositá-las em columbário (estrutura semelhante à gaveta no cemitério) ou espalhá-las em propriedade particular com autorização do proprietário.

Metropax: presente nos momentos em que o cuidado faz toda a diferença
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FAQ – Perguntas Frequentes 

Quanto tempo demora o processo completo de cremação? 

O procedimento de cremação em si leva entre 2 e 4 horas. Considerando documentação e liberação necessárias, o cronograma total pode adicionar 1 ou 2 dias ao processo. 

É possível acompanhar o momento da cremação? 

Depende da política de cada crematório. Alguns estabelecimentos permitem que familiares presenciem o momento em que o corpo entra no forno, outros não autorizam. É importante esclarecer essa questão ao contratar o serviço. 

As cinzas podem ser divididas entre familiares? 

Sim, não há impedimento legal. Muitas famílias optam por dividir as cinzas em urnas menores, permitindo que cada parente próximo mantenha uma porção. 

É obrigatório realizar velório antes da cremação? 

Por lei, o corpo deve permanecer por no mínimo 24 horas antes da cremação. Esta medida de segurança visa evitar cremações precipitadas, mas o velório é uma opção da família. 

Onde é permitido espalhar as cinzas em Belo Horizonte? 

É proibido espalhar cinzas em locais públicos como rios, parques e praças. O Cemitério da Saudade possui área específica destinada a essa finalidade. 

Que religiões permitem a cremação? 

A Igreja Católica autoriza a prática desde 1963, assim como a maioria das denominações protestantes. O importante é que seja realizada por motivações dignas, não como negação de princípios religiosos. 

Qual documentação é necessária para autorizar a cremação? 

Além dos documentos padrão do falecido (RG, CPF), é necessária declaração médica específica e autorização formal para cremação, validada por médico legista. 

Considerações Finais 

A cremação consolidou-se como alternativa viável e crescente em Belo Horizonte, refletindo transformações sociais, econômicas e culturais significativas. Os números demonstram tendência clara, mas representam famílias reais enfrentando decisões complexas em momentos de profunda dor emocional. 

O crescimento da prática na capital reflete mudanças amplas: urbanização acelerada, redução de espaços cemiteriais, evolução nas práticas religiosas e considerações econômicas relevantes. Tudo isso em uma sociedade que gradualmente aprende a discutir abertamente questões relacionadas à morte. 

Para quem considera essa alternativa, seja para si próprio ou familiar, a orientação permanece consistente: informação completa e diálogo franco. Conhecer detalhadamente o processo, compreender todos os custos envolvidos e manter conversas abertas com a família são passos fundamentais. 

A cremação pode representar praticidade maior, acessibilidade econômica superior e adequação melhor à vida urbana contemporânea. Contudo, continua sendo, fundamentalmente, uma forma de despedida final. E isso, independentemente da escolha, sempre constituirá um momento único e profundamente pessoal para cada família. 

A decisão final deve sempre considerar vontades pessoais, tradições familiares, questões religiosas e circunstâncias práticas específicas. O que importa é que a despedida seja conduzida com dignidade, respeito e de acordo com os valores daqueles que ficam e daquele que parte.

Referências 

  1. Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (ABREDIF). Estatísticas de cremação no Brasil 2019-2023. São Paulo: ABREDIF, 2024.
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Registro Civil – Óbitos por tipo de destinação. Belo Horizonte: IBGE, 2023.
  3. Sindicato das Empresas Funerárias do Estado de Minas Gerais. Relatório anual do setor funerário mineiro. Belo Horizonte: SEFEMG, 2023.
  4. Prefeitura de Belo Horizonte. Regulamentação municipal para serviços de cremação. Secretaria Municipal de Saúde, 2023.
  5. Conselho Federal de Medicina. Normas técnicas para funcionamento de crematórios. Brasília: CFM, 2022.
  6. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Orientações sobre cremação e práticas funerárias. Brasília: CNBB, 2020. 

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